sábado, 25 de junho de 2011
Odeio despedidas. Não falo do adeus em saguões de
aeroportos e rodoviárias. Mais do que o momento de enterrar um morto eu odeio
as pequenas despedidas. Não sei lidar com elas. Morro um pouco cada vez que me
despeço de alguém que gosto. Sou especialista em prolongar despedidas. Só mais
um café, mais um cigarro, mais um beijo. Só mais uma migalha... mais qualquer
coisa que possa afastar a despedida, um pouquinho que seja. Mesmo que seja tão
inevitável quanto o acordar após os “cinco minutinhos” depois do despertador
tocar. É que quando a gente ama vem junto aquele medo de perder. E cada perda
reforça o medo, por menor que seja.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
O amor é montanha-russa
O amor é assim, igual montanha-russa. Primeiro um frio na barriga, uma vontade de ir e ao mesmo tempo um medo. Uma vontadezinha de desistir quando tá quase lá. Mas aí, se você toma coragem e vai, é uma delícia. Quando tá lá em cima parece que o mundo é mais bonito, que tudo na vida é prazer. Aí chega o final e você tem que descer do carrinho porque montanhas-russas são finitas. Ainda bem que a gente pode andar de montanha-russa mais vezes.
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