domingo, 30 de janeiro de 2011

Na verdade não é um emprego novo que busco, é paixão. Quando  mudo tudo e sigo outro rumo, não é porque cansei da mesmice. Se paro, se vacilo, se pondero, não é equilíbrio o que quero, é desequilíbrio. E fico buscando aquele medo, aquele frio na barriga. Às vezes confundo,  tento reconstruir o que senti antes. Eu quero ser arrebatada. Eu tentei me apaixonar, tentei até sentir ciúmes e nada. Cadê a intensidade de olhar e sentir uma dorzinha no fundo do peito, um amolecer de pernas? Cadê tudo isso? Onde está a confusão de sentimentos que disseram nos livros? Dezenas de descidas de montanha russa, visitas à museus,pancadas em sacos de boxe, músicas ouvidas repetidas vezes.  E só um lampejo do que quero. Mas como fazer se quero só a amostra grátis? Eu vivo pra sentir aquilo outra vez, e enquanto eu não sinto procuro, procuro.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Meio sei lá

Sempre essa inadequação. Não sei se ainda não cheguei ou se já vim tarde. Chego quando já estão bêbados demais, cansados demais, amando demais, desiludidos demais.  Minha apatia diante das paixões alheias, minha empolgação com o que é corriqueiro pra todos  Estou no lugar errado ou sou a pessoa errada, sempre. Ultimamente tem sido essa sensação, essa não-sensação, essa coisa meio sei lá.