terça-feira, 18 de outubro de 2011


Tenho muito respeito pela fé. Admiro as pessoas que creem em uma verdade. Afinal, toda religião pressupõe partilha, comunidade , pensar em grupo, não é isso? Então a crença deveria ser um elo, não só com o sagrado, mas com as outras pessoas. Admiro quem acredita em algo que o torne melhor. Se sua religião fundamenta o seu caráter e isso te faz uma pessoa honesta e justa, eu te admiro. Em contrapartida , me irrito profundamente com proselitismo vazio. Há quem se diga cristão (ou judeu, islâmico, budista...) e está sempre pronto pra julgar. Tenho a impressão que as pessoas estão cada vez mais intolerantes com religião, aparência ou comportamento sexual diferente dos seus próprios. E impor um modelo de compoortamento, a meu ver, é uma forma de intolerância.  Quem "escolheu esperar" tem o direito de fazê-lo assim como quem escolheu não esperar. Mais que isso,os que escolheram não falar sobre a vida sexual tem o direito de permanecer à margem da discussão. E aquele lance de amar o próximo, só serve se o próximo  tiver exatamente as mesmas opiniões que você? Acho que alguém egoísta a ponto de se preocupar apenas com a própria salvação não merece ser salvo. Se é que existe salvação. E se não existe Deus ou juízo final, nem nada disso, ainda assim acho que se preocupar com os outros vale a pena.

2 comentários:

Virgínia disse...

Chapéu do Michel?

Valéria Pedrochi disse...

Do dono dele.

Michel era um gato que meu pai tinha quando criança e do qual falava sempre. "Gato bom era o Michel", ele repetia sempre, junto com as histórias sobre o gato. Virou uma espécie de piada interna em casa.

O chapéu era do meu pai.